O Djibouti tem menos de um milhão de habitantes e será difícil nomear qualquer futebolista com o mínimo de destaque que seja natural do país. Em 2020, um anúncio colocou o território no mapa futebolístico. Tratava-se da contratação do médio de 33 anos, ex-Arsenal e Barcelona, pelo clube mais rico do país. E surpreendeu muitos.
O Arta Solar 7 quer levar mais a sério o futebol e manter o Djibouti nas manchetes dos jornais desportivos. Para Alex Song, “é a oportunidade para promover o futebol” no pequeno país, disse, aquando da sua apresentação. Assim, Song vai viajando entre o Djibouti e os Camarões, o seu país natal, onde mantém uma empresa de construção e uma marca de moda.
De acordo com o jornal “Record”, Alex Song não foi para o Djibouti jogar futebol por brincadeira. Embora os números não sejam conhecidos, Song terá aproveitado o facto de o Arta Solar 7 ser um clube com ambição e muito dinheiro. O dono da coletividade é um empresário costa-marfinense, casado com a filha do presidente do Djibouti, e que quer fazer do Arta Solar 7 “o PSG de África”. O clube sagrou-se campeão nacional em abril passado.
Song jogou no Arsenal durante quatro anos, entre 2012 e 2016, sem que tenha ganho qualquer troféu. Quando assinou pelo Barcelona, estava ciente de que dificilmente ganharia um lugar entre os titulares. O próprio admite que só foi para a Catalunha pelo dinheiro. “O diretor-desportivo do Barcelona disse-me que não iria jogar muitas vezes, mas não me importei. Sabia que iria ficar milionário,” disse o internacional camaronês.
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt