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“Estive morto durante cinco minutos”. Eriksen está de volta e quer jogar o Mundial do Catar

“Estive morto durante cinco minutos”. Eriksen está de volta e quer jogar o Mundial do Catar

Christian Eriksen sofreu uma paragem cardiorrespiratória no verão, durante um jogo do Euro 2020, mas tem-se treinado, diz estar “fisicamente em grande forma” e, mesmo ainda sem clube, tem “o objetivo” de estar com a Dinamarca no próximo Campeonato do Mundo

O ex-médio do Inter de Milão viu a vida a andar para trás quando, em junho, em pleno relvado, sofreu uma paragem cardíaca e teve de ser imediatamente transportado para o hospital. Foi durante um jogo do Euro 2020, num dérbi escandinavo entre a Dinamarca e a Finlândia, em Copenhaga. Na unidade hospitalar, o jogador passou por uma cirurgia em que lhe implantaram um desfibrilador interno.

Em dezembro, Eriksen rescindiu o contrato que o ligava ao Inter de Milão, uma vez que as regras da Série A não permitem que os futebolistas compitam com um dispositivo que lhes foi implantado. O médio tem treinado sozinho nos relvados de vários clubes, como o Odense, que representou antes de ir para o Ajax, ou o Chiasso, da Suíça, onde já foi filmado a praticar remates à baliza. Ao canal dinamarquês DR1, Eriksen falou do seu objetivo: voltar a jogar pelo seu país.

“O meu objetivo é jogar o Campeonato do Mundo do Catar. Quero jogar. Esse tem sido sempre o meu foco. É um objetivo e um sonho. (…) Fisicamente estou em grande forma,” assegurou o médio, que quer voltar a atuar no Parken, estádio onde sofreu a paragem cardíaca, precisamente em Copenhaga: “Quero provar que foi apenas uma vez e não acontecerá novamente. Quero provar que a minha vida continua. O meu coração não é um obstáculo,” explicou.

Na entrevista, foram várias as vezes em que Eriksen falou sobre o problema de saúde. A referência mais dramática aconteceu quando o dinamarquês admitiu: “Estive morto durante cinco minutos”. O ex-Inter aproveitou para agradecer aos médicos que o salvaram, aos companheiros de equipa e às pessoas que lhe desejaram as melhoras: “No hospital estavam sempre a dizer que eu tinha recebido mais flores. (…) Há pessoas que ainda me escrevem.  (…) Outras vêm ter comigo na rua. Agradeço-lhes todo o apoio”. 

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