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Seis jogos em cinco dias, uma viagem a cruzar os EUA, a “brutalidade” do ténis vivida por Nuno Borges: “Não recomendo fazer isto, há riscos”

O português venceu o challenger de Phoenix, no Arizona, e 24 horas depois estava a ganhar na qualificação do torneio de Miami, na Flórida, onde chegou a temer não chegar a tempo. Em conversa com a Tribuna Expresso, o maiato, número 1 nacional e a viver semanas em que bate consecutivamente o seu melhor ranking de sempre, relata a odisseia vivida, na qual foi surpreendido pelo próprio corpo

Pedro Barata

Icon Sportswire/Getty

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A um certo ponto, Nuno Borges começou a ficar preocupado. As eliminatórias do challenger de Phoenix iam-se sucedendo, a final aproximava-se mas, simultaneamente, o começo da qualificação para o Miami Open também. No sábado, dia 18, o português venceu dois encontros, garantindo presença no duelo de atribuição do troféu, domingo à tarde. 24 horas depois, tinha de estar na Flórida, a mais de 3.000 quilómetros de distância do Arizona, onde se encontrava. E percebeu que “seria complicado”.

A final, contra o russo Alexander Shevchenko, foi vencida, terminando por volta das 16h15. Aí começou um contrarrelógio: cerimónia de entrega de troféu, fotografias e declarações à imprensa, mergulho na piscina, banho tomado. Ir para o hotel, pedir comida, comer já depois das 19h00. Fazer a mala, arrancar para o aeroporto às 21h00. Voo às 23h20, chegada a Atlanta às 5h30, com a viagem final para Miami marcada para as 7h00.

Em Atlanta, o embarque é feito, mas há um problema: o avião não arranca, os passageiros têm de trocar de aeronave. É de manhã na Georgia e Nuno Borges tem embate marcado, no arranque do Miami Open, para as 16h30, a duas horas de avião de distância. O glamour da vida do 68.º melhor jogador de ténis do mundo reduzido a uma luta para chegar a tempo a um court.

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