A 31 de maio de 2015, o Sporting entrou no Jamor com o objetivo de lá sair com o primeiro título do clube desde 2008. Mas, aos 25', a final da Taça de Portugal transformara-se em pesadelo: o Sporting de Braga de Sérgio Conceição vencia por 2-0, golos de Éder e Rafa, e a equipa de Marco Silva estava reduzida a 10, por expulsão de Cédric Soares. Nem um terço de partida estava concluída e já a tarde parecia encaminhar-se, inevitavelmente, para a lista de frustrações do clube de Alvalade.
Mas, contra todas as previsões, Islam Slimani reduziu aos 84'. Aos 93', Paulo Oliveira despejou a bola na área. Dos céus do Estádio Nacional ela caiu nos pés de Fredy Montero, que a fez descer com uma classe digna do número 10 que tinha nas costas. O colombiano apontou o 2-2 que levou a final para o prolongamento, antes de uns penáltis vencidos pelos lisboetas, que terminavam assim quase sete anos de jejum de conquistas.
O golo está “na memória e no coração” de Montero, assegura à Tribuna Expresso o jogador, agora de 35 anos. Numa conversa telefónica que decorre enquanto o avançado vai para mais um treino com os Seattle Sounders, da MLS, o avioncito lembra a importância do primeiro título pelos leões, mas classifica também o penálti decisivo para passar à final da Taça em 2017/18, frente ao FC Porto, os golos na Liga Europa ou o hat-trick ao Arouca na estreia oficial como “momentos lindos”.