No final de 2022, o futuro de Maria Martins, Tata como alcunha, estava rodeado de incógnitas. A Le Col - Wahoo, equipa que representava, enfrentava dificuldades financeiras que colocavam em causa a continuidade da formação no pelotão internacional. João Correia, o empresário da corredora portuguesa, já se encontrava no terreno contactando algumas equipas, mas a situação da jovem de 23 anos estava “num impasse”, como descreve, por videochamada, a natural de Moçarria, em Santarém.
Até que o universo das formas de comunicação possíveis em 2023 entrou em jogo. Um dos responsáveis da Fenix-Deceuninck, uma das principais estruturas do ciclismo mundial e conjunto do World Tour, a primeira divisão das bicicletas, abordou Tata através de uma mensagem direta no Instagram, questionando-a sobre a disponibilidade para se juntar aos neerlandeses. A portuguesa achou a situação “um bocado irreal” e ficou “na expectativa”, mas as negociações foram rápidas e do “impasse” passou-se ao “muito orgulho”.