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Tata Martins, a pioneira fazedora de história do ciclismo nacional que superou o “vazio” sentido depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio

Uma mensagem recebida no Instagram foi o primeiro passo para que a corredora assinasse pela Fenix-Deceuninck, tornando-se na primeira portuguesa a competir na primeira divisão do ciclismo mundial. Aos 23 anos, Maria Martins, que garante que o preconceito contra as mulheres andarem de bicicleta está “fora de moda”, junta este feito a ter sido a primeira medalhada na pista em Europeus, Mundiais e a disputar uns Jogos Olímpicos, ainda que a “ressaca emocional" depois de Tóquio a tenha feito sentir-se “dormente”

Pedro Barata

Bas Czerwinski

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No final de 2022, o futuro de Maria Martins, Tata como alcunha, estava rodeado de incógnitas. A Le Col - Wahoo, equipa que representava, enfrentava dificuldades financeiras que colocavam em causa a continuidade da formação no pelotão internacional. João Correia, o empresário da corredora portuguesa, já se encontrava no terreno contactando algumas equipas, mas a situação da jovem de 23 anos estava “num impasse”, como descreve, por videochamada, a natural de Moçarria, em Santarém.

Até que o universo das formas de comunicação possíveis em 2023 entrou em jogo. Um dos responsáveis da Fenix-Deceuninck, uma das principais estruturas do ciclismo mundial e conjunto do World Tour, a primeira divisão das bicicletas, abordou Tata através de uma mensagem direta no Instagram, questionando-a sobre a disponibilidade para se juntar aos neerlandeses. A portuguesa achou a situação “um bocado irreal” e ficou “na expectativa”, mas as negociações foram rápidas e do “impasse” passou-se ao “muito orgulho”.

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