Perfil

Crónica

A memória dura uma semana

Bruno Vieira Amaral pega em Enzo Fernández, no FC Porto, Artur Jorge e no Sporting para lembrar que o futebol é ciclotímico, passional, desmemoriado

Bruno Vieira Amaral

HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

Partilhar

Na crónica que abre o seu último livro, o escritor espanhol Javier Marías, ferrenho do Real Madrid falecido há poucos meses, refletia sobre a futebolização da sociedade, o desejo permanente de ganhar, ganhar e ganhar que é próprio do futebol e que, dizia ele, contagiou o resto da sociedade. Dava como exemplo o seu clube ao qual, depois de quatro Champions em cinco épocas, bastou uma temporada tíbia para que os adeptos apupassem jogadores, técnicos e dirigentes. Marías punha-se na pele do futebolista, imaginando-se a viver com uma espada sobre a cabeça: “Domingo marquei três golos, mas se hoje não marco nenhum, esses três não servirão de nada e serei vaiado.”

Artigo Exclusivo para assinantes

No Expresso valorizamos o jornalismo livre e independente

Já é assinante?
Comprou o Expresso? Insira o código presente na Revista E para continuar a ler