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Paulinho, o calcanhar de Amorim e o para-raios

Para Bruno Vieira Amaral, Paulinho é apenas um engodo. Enquanto se discute obsessivamente o avançado que Amorim exigiu que se fosse buscar ao SC Braga, o treinador dedica-se ao cultivo de soluções, como se viu no último jogo dos leões

Bruno Vieira Amaral

PATRICIA DE MELO MOREIRA/Getty

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Benjamin Franklin foi escritor, diplomata, 6º presidente da Pensilvânia e inventor. O para-raios, desenvolvido quando Franklin se começou a interessar pelo fenómeno da eletricidade, foi a sua invenção mais conhecida. Os feitos deste polímato, homem dos sete ofícios e mil ocupações, valeram-lhe o reconhecimento dos seus concidadãos séculos mais tarde: em 1914, o rosto de Franklin passou a figurar nas notas de 100 dólares.

Por estranho que pareça, para-raios e dinheiro levam-nos a Rúben Amorim que, na semana passada, em conferência de imprensa, afirmou que o Sporting não tem mais um cêntimo para gastar, quanto mais uma das notas com a efígie de Franklin. É hipérbole, sim, e outra forma de dizer que o dinheiro que existe não dá para comprar os jogadores que pretende e que é melhor assim – ficar tudo como está – do que trazer um Slimani indesejado para encostar às boxes ao mínimo desentendimento.

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