É quase certo, e não apenas provável, que nestes últimos quatro anos a minha pena se tenha inclinado para a explicação do fenómeno Pizzi ao qual volto, com moderado alívio, no momento em que as amarras que o prendiam ao Benfica se soltaram e o jogador rumou para as Arábias onde, mesmo que não se encontrem as setenta virgens que a uns estão prometidas, há ouro com fartura para compensar o exílio e as elevadas temperaturas.
E se faço este preâmbulo é para declarar que não olhei para trás para confirmar o que disse e o que não disse sobre Pizzi com receio de cair em contradição. Cair em contradição seria mesmo a melhor homenagem que poderia prestar a Pizzi que viveu estas oito temporadas no Benfica entre louvores e lamentos, entre aplausos e apupos, entre a glória e a ignomínia.