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A ditadura da aerodinâmica mudou o ciclismo: antes dos capacetes futuristas, Marco Chagas cortava o vento com um boné

A ditadura da aerodinâmica mudou o ciclismo: antes dos capacetes futuristas, Marco Chagas cortava o vento com um boné
THOMAS SAMSON
A Visma-Lease a Bike, equipa neerlandesa que na última temporada venceu as três grandes voltas, apresentou-se no início de 2024 com um capacete de contrarrelógio que deu que falar. Tudo faz parte da estratégia para ganhar alguns segundos num tipo de corrida que decidiu a Volta a França 2023. A Tribuna Expresso falou com corredores de gerações diferentes que explicam como os ciclistas se tentam diferenciar através do equipamento que usam

O impacto visual foi imediato. A primeira vez que a Visma-Lease a Bike, um dos conjuntos mais fortes do ciclismo mundial, vencedor das três grandes voltas realizadas em 2023, apareceu com este capacete no contrarrelógio individual do Tirreno-Adriático, uma das primeiras corridas por etapas do calendário, a internet entrou em delírio.

Seguiram-se memes nas redes sociais que aproveitaram o design do equipamento para criar uma onda de reações. No dia seguinte, no Paris-Nice, os mesmos capacetes voltaram a surgir, mas, desta vez, num contrarrelógio por equipas, o que concentrou, no mesmo quilómetro de estrada, sete ciclistas disfarçados de alienistas.

O caso tornou-se mais sério quando a União Ciclista Internacional (UCI) questionou a utilização daquele modelo de capacetes mesmo que não existissem “violações diretas dos regulamentos”. O organismo que tutela a modalidade a nível mundial dizia recear que a segurança dos corredores estivesse a ser posta em causa em prol do rendimento desportivo. Para já, segundo foi avançado pelo meio de comunicação belga “Sporza”, a UCI vai permitir que o capacete seja usado pelo menos entre 18 de janeiro de 2024 e 17 de janeiro de 2025.

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