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Um Benfica “vulnerável”, críticas a Schmidt e um João Mário “que só teve ações negativas”: as reações internacionais à vitória do Inter

Depois do triunfo italiano na Luz, a imprensa estrangeira destacou que a equipa portugueses esteve “longe da sua melhor versão", apontando o dedo ao técnico alemão, que “não soube reativar a sua equipa” depois de se ver a perder. Em Itália, destaca-se João Mário, que no reencontro com o Inter cometeu o penálti que levou ao 2-0 final

Expresso

James Williamson - AMA/Getty

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A derrota, por 2-0, do Benfica contra o Inter, na Luz, complica a tarefa dos portugueses para a segunda mão e abre boas perspectivas para uma meia-final totalmente italiana, já que o vencedor deste duelo encontrará Milan ou Nápoles na fase seguinte. Após a partida, na imprensa internacional, o tom era de crítica para com a equipa de Lisboa e elogio ao conjunto de Milão.

Em Espanha, a “Marca” descreve um Benfica “vulnerável”, “longe da sua melhor versão desta temporada”. O jornal de Madrid considera que as águias “deixaram a desejar” e ficaram “irreconhecíveis” após sofrerem o primeiro golo.

Também no país vizinho, o “El País” sublinha as dificuldades do Benfica depois de estar a perder, apontando o dedo ao técnico dos líderes da I Liga: “Roger Schmidt não soube reativar a sua equipa. Duvidou nas substituições. Até ao ponto que Guedes e Musa ficaram na linha lateral sem entrar quando o desafio caminhava para o final”, recorda o diário. Já o “AS” considera que, num meio-campo com Florentino e Chiquinho, “sentiu-se a ausência de Enzo Fernández”, por comparação com o conjunto que encantou a Europa na fase de grupos.

Em Itália, o jogo centrou, naturalmente, atenções. No “Tuttosport” lê-se que a equipa de Inzaghi “colocou para trás das costas as últimas desilusões”, numa referência à má série que o Inter atravessava, com seis encontros seguidos sem vencer antes de chegar à Luz.

Também o jornal de Turim destaca a figura de João Mário. O “Tuttosport” recorda que o médio foi comprado, em 2016, pelo Inter por €45 milhões, mas “nunca demonstrou o seu valor” em Milão. No reencontro com os nerazzurri, o português “só teve ações negativas”, considera-se, num “favor que devolveu ao emblema que em 2016 investiu tudo” no jogador, mas que “recebeu quase nada e o perdeu praticamente a zero”. O “Tuttosport recorre às redes sociais para partilhar a alcunha que alguns adeptos do Inter, sarcasticamente, deram ao campeão europeu de 2016 depois da partida: João meravigliao (João “maravilhoso”).

Fantasista/Getty

Também em Itália, a “Gazzetta dello Sport” alinha no tom crítico ao Benfica, uma equipa que apresentou “poucas ideias” e “falta de brilhantismo”, considerando-se que a formação portuguesa não esteve, também, à altura sob o ponto de vista físico. É também destacado o Inter, que vai do “triste quotidiano” na Serie A — é apenas quinto — à “glória europeia”.

Em Inglaterra, o grande destaque vai para o triunfo, por 3-0, do Manchester City contra o Bayern Munique, mas também há referências ao duelo de Lisboa. A BBC qualifica o Benfica como “hesitante” e o Inter como tendo dado “uma aula defensiva”.

Em França, o “L'Équipe” descreve a equipa lisboeta como “um coletivo que nunca conseguiu chegar” à baliza de Onana, considerando Nicolò Barella o melhor jogador em campo, com uma atuação “deslumbrante”. Do outro lado do Atlântico, o argentino “Olé” diz que a ausência de Otamendi “pesou” e que o 1-0 “liquidou animicamente” o Benfica.

Na Alemanha, os compatriotas de Roger Schmidt falam em “oportunidade perdida”. A Sky Sports descreve o “duro impacto” para o Benfica, que era a “equipa dos recordes” na época, mas que “não teve soluções”.

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    Os portugueses perderam (0-2) esta noite, no Estádio da Luz, a primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. Os golos do Inter foram marcados por Barella e Lukaku. Os encarnados tiveram momentos interessantes, mas caíram na previsibilidade e pouco rasgo. Gonçalo Ramos, lançado por David Neres, quase reduziu na derradeira jogada. Schmidt fez apenas uma substituição