Adeptos no estádio
"Nós, que estamos ligados ao futebol, todos queremos que possa ter adeptos dentro daquilo que é possível. Mais vale poucos do que nenhuns. Uma das grandes motivações dos jogadores é poderem jogar para os adeptos e quando não os tens, não é a mesma coisa. Por muito que estejas focado e concentrado no jogo, a tua adrenalina e ansiedade quebra. Portanto, é uma satisfação enorme, não sei quantos vão ser, mas é um bom princípio.
Um estádio de 65 mil pessoas, se tiver 4 ou 5 mil, com certeza que não vai interferir na saúde das pessoas, os estádios têm tudo para dividir as pessoas, há várias entradas, com uma organização bem feita penso que não coloca nada em risco. Estou extremamente feliz por amanhã [quinta-feira] já termos alguns espetadores no Estádio da Luz."
Sem público, o futebol fica mais imprevisível?
"Não só sinto isso, mas, também pela experiência que tenho. Estive num clube com a maior torcida do mundo e vim para o clube com mais adeptos em Portugal e ninguém tenha dúvidas que são estas equipas que saem mais prejudicadas. Tem um impacto negativos nos jogadores de equipas muito grandes, porque os adeptos têm muita influência no controlo emocional de ambas as equipas.
Quem sai mais prejudicado? As equipas que têm o poder de terem mais adeptos dentro do seu estádio, que ninguém tenha dúvidas disto."
Vai mexer na frente de ataque?
"Não tenho certezas absolutas, vou fazer o primeiro treino hoje com os jogadores que jogaram com o B-SAD, não sei como se encontram do ponto de vista física. Se tudo correr dentro da normalidade, vou fazer algumas mudanças, já disse que ia lançar o Gabriel, que nem esteve convocado para este último jogo. Vai jogar. Assim como vão entrar outros jogadores."
A importância da Europa
O Benfica tem história em Portugal e na Europa e, não tendo ganhando uma Champions ou Liga Europa, chegou a finais comigo e, com outros treinadores, chegou a quartos-de-final da Champions e por aí fora. O Benfica tem andado à procura de um caminho para poder chegar a uma final e poder vencê-la, é um dos projetos do presidente e essa foi uma das ideias com que me conseguiu tirar do Brasil.
Andamos à procura, mas isso não se faz em dois ou três meses, é um processo evolutivo e de continuidade, com jogadores que, na minha opinião, o Benfica já contratou, jovens e com qualidade muito grande. E jogadores de seleção, como o Everton no Brasil, o Lucas na Alemanha e o Darwin virá a ser no Uruguai. Ano a ano, o Benfica vai ficar cada vez mais forte."