O comentador Luís Marques Mendes considerou este domingo, no espaço habitual de comentário na SIC, que a contratação de Jorge Jesus pelo Benfica é uma “boa solução”, mas que é também de “desespero” do seu presidente, que está “em estado de necessidade”. São três as razões para essa avaliação.
Em primeiro lugar, a contratação de Jesus serve como ajuda para uma derrota no campeonato, já que o FC Porto foi sagrado campeão esta semana (“é um justo vencedor”, disse Marques Mendes). Serve para "desviar as atenções de uma época humilhante".
Em segundo lugar, esta novidade serve “para disfarçar os problemas judiciais que o Benfica tem, que não são poucos, e que minam a imagem de prestígio e credibilidade”. Esta semana, por exemplo, a Benfica SAD, a Benfica Estádio, Luís Filipe Vieira e Domingos Soares de Oliveira foram constituídos arguidos numa investigação a alegados crimes de fraude fiscal (e, segundo a Procuradoria-Geral da República, também branqueamento de capitais, o que a defesa dos arguidos contesta).
Por fim, Marques Mendes relembra que há eleições este ano e que, por isso, Vieira “tem medo de perder”. “É por isso que o Benfica cedeu a tudo o que foi pedido por Jorge Jesus”, concluiu Marques Mendes. “Vai obrigar o Benfica a abrir os cordões à bolsa”, continuou, frisando a "equipa competitiva" que o técnico português quererá, acrescentando que é uma “grande vitória pessoal” do técnico que, há cinco anos, saíra da Luz “pela porta dos fundos, quase humilhado,” e que agora “reentra pela porta grande”. O Benfica pediu "quase de joelhos" para que Jesus voltasse, como se fosse agora "o salvador da pátria encarnada".
O Benfica anunciou sexta-feira que apresentou uma proposta de trabalho a Jorge Jesus como técnico da equipa principal, que já foi aceite. Segundo noticiado, é para três anos e o salário é de 3 milhões por época. Jesus estava no Flamengo e Marques Mendes elogia a sua saída neste momento, já que considera que dificilmente conseguiria manter o palmarés.