A nova época da Fórmula 1 arranca no domingo (15h, Sport TV) e Pedro Boucherie Mendes escreve como na vida em velocidade nesta era da Netflix, onde os pilotos procuram todos a mesma coisa, andar extremamente depressa não é muito difícil: mas é mais difícil do que parece
Rúben Amorim caminha para ser o melhor de sempre na história do Sporting, escreve Pedro Boucherie Mendes sobre quem, no fundo, ainda é um enigma pelo que fala, como fala e o que diz com "o ar bem dispostão de mosqueteiro de quem esperamos a qualquer momento que meta o chapéu com as plumas na cabeça". Porque só Rúben Amorim conhece o seu plano
João Mário afirmou que gostaria de ser uma referência no Benfica. Para um sportinguista pode soar a ingratidão, mas Pedro Boucherie Mendes espera que sim. Significaria que o futebol português se aproximaria de uma certa normalidade geral, em que os treinadores que irrompem pelo campo são severa e rapidamente multados em valores que não façam rir, em que se deixem de simular lesões, em que cartões amarelos protestados sejam decididos em dois dias e não em meses e em que adeptos que façam ameaças provoquem interdições e multas aos clubes
Depois de meses a lutar por clubes, vinte e tal jogadores têm agora de passar semanas juntos, vestindo a camisola do país, correndo uns contra os outros, enquanto escutam palestras aborrecidas, jogam playstation, comem mal e fingem acreditar que é possível. E para quê?
Pedro Boucherie Mendes fala de um torneio sem manhas, simulações, antijogo, casos, estrelas, jogadores maldosos, e se isso é excelente porque não deixam de ser impurezas, também torna este num Euro asséptico. A vida está mais difícil para quem quer ser craque
Os portugueses têm todas as qualidades do mundo exceto saber perder e tentar perceber porque perdem. No fundo, o que nos surpreende é não vencermos todas as competições em que entramos. Só azar, árbitros, cansaço ou trapaça nos batem, nunca os adversários. E quando não é isso, é porque a FIFA ou a UEFA (ou os dois) conspiram contra nós
Começa o Euro. De uma coisa podemos estar seguros: no fim vencerá o melhor, porque é sempre assim no mundo do futebol. A crónica de Pedro Boucherie Mendes (que irá escrever para a Tribuna durante este Euro)
Pedro Boucherie Mendes não acreditava que o Sporting fosse campeão: "Do meu sportinguismo nunca duvidei, mas queremos o melhor para os filhos e olhá-lo a sofrer, a chorar de tristeza, por vezes era demasiado. Julguei, nos momentos escuros, que eu e ele nunca seríamos, afinal, campeões juntos"