Ana Bispo Ramires é psicóloga clínica, especialista em psicologia da performance e formadora e consultora em diversas empresas, áreas na quais conta com 20 anos de experiência profissional. Trabalha de perto com atletas de inúmeras modalidades, sendo de destacar o trabalho que efetuou durante 10 anos na área do futebol profissional do Sport Lisboa e Benfica, assim como a colaboração com o então selecionador nacional Luiz Felipe Scolari. Atualmente faz parte da Direção de Medicina Desportiva do Comité Olímpico de Portugal.
Alguns investigadores dizem-nos que o ponto atual onde nos encontramos resulta da repetição de padrões de comportamentos que atuámos nos últimos 10 anos. Portanto, escreve a psicóloga desportiva Ana Bispo Ramires, se queremos experienciar uma existência diferente daqui a 10 anos, precisamos atuar desde já - e há lições a retirar dos atletas olímpicos, que grande parte dos estudos mostra que demora, pelo menos, oito anos a chegar ao ‘ponto rebuçado’
A psicóloga Ana Bispo Ramires escreve sobre o burnout, a forma como a sociedade confunde cansaço com preguiça e, também, o estigma do privilégio, quando as pessoas exibem vergonha em relatar o estado de sofrimento numa atividade pela qual se sentem verdadeiramente apaixonadas e comprometidas, empurrando-se sucessivamente para mais um e outro dia de trabalho
No Dia Internacional da Saúde Mental, a psicóloga do desporto e performance Ana Bispo Ramires fala sobre burnout, em cujos índices internacionais Portugal surge como um dos primeiros países em termos de risco
Face às denúncias recentes de assédio sexual no futebol feminino em Portugal, a psicóloga desportiva Ana Bispo Ramires escreve como, além de abusador e abusado, há uma enorme “plateia” de observadores que escolhem, intencionalmente ou negligentemente (porque “era só a brincar”) ser conivente com o abuso pontual ou continuo que, muitas vezes, observam ou suspeitam
Praticamente um ano depois de Simone Biles ter alertado todo o planeta para a necessidade de cuidar da saúde mental dos atletas, a psicóloga do desporto Ana Bispo Ramires lembra que em Portugal, desde essa data, mais frequentemente se tem observado destaque a este tema nos media. Contudo, iniciativas que possam, de forma sustentada, dar resposta a este tema teimam a serem poucas, ineficientes ou pouco credíveis, abrindo espaço a todo um conjunto de “oportunistas” que, aproveitando a “moda”, lançam soluções milagrosas nas redes sociais
A psicóloga do desporto Ana Bispo Ramires analisa o efeito Rúben Amorim no grupo de trabalho do Sporting no dérbi da Luz, onde "venceu o orgulho de pertença, a noção de que todos contribuímos para um fim comum, de que todos somos importantes no desenlace final"
Os treinadores “padecem” do mesmo tipo de “sintomatologia” que pode ser observada em qualquer pessoa que, movimentando-se em contextos de elevado desempenho, partilham das mesmas características. São humanos — logo têm padrões cognitivos e emocionais que, quando ativados de forma disfuncional a curto ou médio prazo transformam-se em indicadores claros de ausência de saúde mental. E isso nada tem a ver com o resultado/sucesso alcançado, escreve Ana Bispo Ramires, psicóloga de Desporto e Performance, após ter ouvido as declarações de Abel Ferreira na conquista da sua segunda Taça dos Libertadores consecutiva
Por outras palavras, no caso português, se do ponto de vista macro (sociedade civil) se aposta tão pouco na psicoeducação e prevenção (na deteção precoce de possíveis indicadores de perturbação de saúde mental), naturalmente que este fenómeno se agiganta no contexto desportivo – mas este não é um “fenómeno” português, é sim global
Todas as semanas, a Tribuna Expresso publica uma opinião em parceria com o Comité Olímpico de Portugal, sobre o universo desportivo no nosso país. Desta vez com a psicóloga Ana Bispo Ramires
O “lado sombra” da vida dos atletas muito frequentemente não se encontra acessível ao domínio público, mas de forma determinante condiciona o desempenho desportivo dos atletas