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Rali de Portugal: e vão 56 edições (saiba as novidades para este ano)

A 5.ª prova do Mundial de Ralis (WRC) disputar-se-á de 11 a 14 de Maio no norte e centro de Portugal. Terá dois novos troços e uma manhã de domingo com algumas alterações

Rui Cardoso

Octavio Passos/Getty

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Depois de quatro provas em asfalto e uma em terra, o Campeonato Mundial de Ralis vem uma vez mais a Portugal. A prova terá os mundialmente famosos troços em terra (Lousã, Arganil, Amarante, Fafe, etc.), a que se juntarão duas novas classificativas: uma super-especial na marginal da Figueira da Foz (sexta-feira, 12 de Maio, com transmissão na “RTP”) e um novo troço de 15 km em Paredes que será disputado domingo de manhã.

O figurino será muito parecido com o das anteriores edições. O primeiro dia, sexta-feira 12 de Maio, incluirá passagens duplas em Lousã, Góis e Arganil (a partir das oito da manhã), seguindo-se à tarde Mortágua e a referida super-especial da Figueira, já ao fim do dia. O segundo dia, sábado 13 de Maio, terá passagens duplas em Vieira do Minho, Amarante e Felgueiras, terminando com a habitual super-especial de Lousada (também transmitida pela RTP). Aqui há uma alteração a registar: Cabeceiras de Basto passa para domingo. Finalmente o último dia (domingo 14 de Maio), melhor dizendo a última manhã, inclui os 15 km do novo troço de Paredes, seguindo-se a primeira passagem em Fafe (incluindo os dois famosos saltos e a travessia do asfalto no Confurco) e o troço de Cabeceiras de Basto mas feito ao contrário do habitual. Finalmente a segundo passagem por Fafe, com estatuto de Power Stage o que pode dar pontos suplementares aos pilotos e equipas disputando o Mundial.

Este rali, para já, é o que conta com mais inscrições no presente campeonato, da ordem quase das nove dezenas, incluindo pilotos que só disputarão parte da prova, caso dos portugueses que fazem o Nacional de Ralis e dos portugueses e espanhóis que disputam a Taça Ibérica Peugeot. Na apresentação da prova, realizada esta terça-feira, em Lisboa, Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal, disse que, ainda que a concorrência seja forte (oito provas na Europa e muitos países candidatos a albergar uma delas), “não faria sentido um campeonato que não incluísse Portugal”. Segundo a mesma fonte, está em curso a assinatura de um acordo visando manter o rali em Portugal pelo menos para os próximos dois anos.

140 km de fitas

O 56.º Rali de Portugal assenta numa máquina organizativa complexa, responsável pelo reconhecimento, montagem e vigilância das 19 classificativas de uma prova que terá, entre troços e ligações, mais de 1600 km. Haverá 500 comissários (marshalls), 1.090 elementos da GNR, 140 km de fitas limitadoras de traçado, 50 km de rede e 15 km de grades metálicas. Uma logística impressionante da qual fazem parte 50 camiões, dois helicópteros, 14 carros de bombeiros e 134 ambulâncias. Uma máquina que, como disse Barbosa, só é possível montar com o apoio dos municípios envolvidos e das regiões de Turismo do Centro e Norte.

As preocupações ambientais, nomeadamente com a limpeza das zonas com público, continuarão a estar presentes e não são inimigas do retorno trazido por esta prova, estimado pelos seus organizadores em cerca de 155 milhões de euros. O rali será transmitido por TV para 156 países e esperam-se 1,2 milhões de espetadores totais.