Era piloto da Hyundai i20 N Rally1 e presença habitual no Campeonato do Mundo (WRC), morreu esta quinta-feira, aos 33 anos, após ter um acidente enquanto conduzia num teste para o Rali da Croácia, agendado para este fim de semana e a 4.ª prova desta época do World Rally Championship (WRC).
“A Hyundai Motorsport está profundamente entristecida pela confirmação da morte”, revelou a sua equipa, via comunicado. O co-piloto do irlandês, James Fulton, saiu ileso do acidente que terá ocorrido por volta das 12 horas locais.
As reações de companheiros de aventuras ao volante em estradas com terra, pedras, neve e demais resquícios dos elementos já se acumulam. O francês Sébastien Ogier, oito vezes campeão mundial, admitiu estar “sem palavras” e revelou como “toda a gente amava o Craig, o seu grande caráter irlandês e o seu entusiasmo pela modalidade”.
O estoniano Ott Tänak, primeiro campeão mundial do seu país, revelou a sua incredulidade: “A vida é tão frágil e injusta… Não acredito, estávamos a trocar mensagens e, de um momento para o outro, já não respondes”. Kalle Rovanperä, finlandês de 22 anos que acelerou até ao título o ano passado, escreveu apenas “descansa em paz”.
Também a WRC reagiu à tragédia e deu conta do estado incólume do co-piloto, expressando as suas “mais sinceras condolências” à família de Craig Breen.
Com três ralis concluídos dos 13 que perfazem o mundial, o irlandês era o 6.º classificado entre 21 pilotos fruto da única participação que tivera esta temporada - Breen era o terceiro piloto da Hyundai e, em fevereiro, no Rali da Suécia, terminara na 2.ª posição, apenas atrás Ott Tänak, campeão do WRC em 2019.
Em março, soube-se que Craig Breen iria competir a tempo inteiro no Campeonato Nacional de Rális, especialmente designada pela Hyundai para tentar destronar Armindo Araújo, heptacampeão português. O irlandês ganhara a primeira prova, o Rally Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas, Vieira do Minho e Cabeceiras de Basto, e desistira da segunda, o Rally Casinos do Algarve.