Na hora da final do primeiro ano da competição Extreme E, no passado domingo, ainda tudo estava em aberto em relação à equipa que se iria consagrar campeã. De um lado estava a Rosberg X Racing, fundada por Nico Rosberg e da qual fazem parte os pilotos Molly Taylor e Johan Kristoffersson, e do outro a X44, a equipa fundada por Lewis Hamilton e que conta com Cristina Gutiérrez e Sébastien Loeb ao volante do SUV.
No final da corrida mais lamacenta do ano, foi a equipa de Hamilton que se sagrou vencedora, sendo que os rivais ficaram na quarta posição. Este resultado levou a um empate de 155 pontos para cada equipa, mas o número de vitórias acabou por levar a Rosberg X Racing ao primeiro título da história da competição.
Enquanto à X44 só a vitória interessava para conseguir chegar ao título, a equipa de Rosberg precisava, no mínimo, de um quarto lugar. Depois de Taylor enfrentar alguns problemas com o SUV durante a corrida, foi Kristoffersson quem teve que manter a equipa exatamente nessa quarta posição que lhes valeu o título.
“É incrível sermos os primeiros campeões de sempre da Extreme E. Esta temporada tem sido brutal, competimos em algumas das partes mais remotas do mundo em condições verdadeiramente extremas, mas temos trabalhado juntos como equipa e estamos muito contentes com este resultado”, disse Taylor no final da corrida, segundo se lê no comunicado da equipa.
Kristoffersson mostrou-se também muito feliz com a conquista: “A Molly conduziu de forma excelente hoje, gerindo as condições desafiantes, e eu sabia que tudo o que me restava era não cometer quaisquer erros e trazer o carro para casa em segurança. Estamos muito contentes por sermos campeões e estamos ansiosos por celebrar com a equipa”.
Quem também não conseguiu esconder a satisfação e orgulho foi o fundador da equipa vencedora. Nico Rosberg conhece bem o sabor da vitória. Enquanto piloto venceu diversas corridas e chegou por uma vez, em 2016, ao título mundial de Fórmula 1. Agora está do lado de lá da corrida, a assistir no paddock, mas continua a vencer.
“Estou realmente orgulhoso de toda a equipa Rosberg X Racing. A equipa tem trabalhado arduamente durante toda a temporada, de uma forma consistente, correndo em alguns dos locais mais remotos do mundo. Ser campeões é uma grande honra”, admitiu o ex-piloto.
Rosberg continua a ter em mente o objetivo que o trouxe a esta categoria, mas não há reforma que lhe retire o espírito competitivo: “Viemos à Extreme E para aumentar a consciência sobre as alterações climáticas e promover a sustentabilidade, mas também, como equipa de corrida, queremos vencer, por isso vamos recordar este sentimento para sempre”.
A completar o primeiro pódio do campeonato de Extreme E ficaram Mikaela Åhlin-Kottulinsky e Kevin Hansen, da JBXE, com 119 pontos.