Foram divulgados os resultados das SADs de Benfica e Sporting, relativos à época transata. Enquanto Frederico Varandas tem motivos para sorrir, com o registo do maior volume de negócios de sempre – 181,9 milhões de euros – em 2021/22, Rui Costa e Domingos Soares de Oliveira, o co-CEO da SAD encarnada, apresentaram um resultado negativo de 35 milhões de euros, o pior desde que o Benfica constituiu a sua Sociedade Anónima Desportiva.
Rui Costa deu a cara, surgindo no Museu Cosme Damião para transmitir a má notícia aos benfiquistas, que tentou, ainda assim, descansar: “Não me assusta este resultado negativo. (…) É uma linha que estamos a seguir, do ponto de vista desportivo e financeiro. (…) Este resultado aconteceu porque optámos por reformular o futebol”, afirmou o presidente do Benfica.
No caso do Sporting, os resultados são os terceiros melhores da história da SAD: 25 milhões de euros positivos. São ainda os números mais elevados de sempre, se não contabilizarmos as transações de jogadores – 12 milhões de lucro. Frederico Varandas fez questão de salientar: “É um marco histórico na jornada da Sporting SAD que nos deve orgulhar (…) por dois motivos principais, o seu caráter estrutural e o facto de terem sido atingidos num contexto extremamente adverso”.
Os números positivos justificar-se-ão, em grande parte, pelos “rendimentos decorrentes da participação na UEFA Champions League (…), do merchandising que, esta época, cresceu exponencialmente (…) e da receita de bilheteira”, como anunciou a SAD de Alvalade.
Na Luz, o número mais controverso é o dos dez milhões de euros pagos em comissões a agentes de jogadores. Apesar de Rui Costa ter referido a “substancial redução da massa salarial” no último mercado de transferências, a sombra dos valores pagos a empresários pairou no ar. As despesas com os atletas pedidos por Roger Schmidt (e com o próprio treinador alemão) despertam curiosidade quanto aos próximos resultados, conhecidos daqui a um ano.
Lembre-se que ambos os clubes estão na fase de grupos da Liga dos Campeões. Esta constitui a grande fonte das receitas de ambas as entidades, bem como uma montra privilegiada para eventuais negócios a envolver a saída de jogadores.