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A casa às costas

“No Aves, no intervalo de um jogo, o Ulisses Morais quase rasga a roupa toda para nos mostrar que tínhamos de ter mais garra”

“No Aves, no intervalo de um jogo, o Ulisses Morais quase rasga a roupa toda para nos mostrar que tínhamos de ter mais garra”
Gualter Fatia

Zé Valente, de 29 anos, começou por acompanhar, ao lado do campo, os treinos que o pai Fernando Valente dava aos petizes do Paredes, até ter idade para saltar lá para dentro. No último ano de júnior deixou o Paredes e integrou o plantel principal do Paços de Ferreira, de Paulo Fonseca, mas não chegou a estrear-se. Foi para o Desportivo das Aves, onde pregou muitas partidas a Firmino, o roupeiro anão, que quase se afogou à conta de uma dessas brincadeiras. Subiu de divisão após quatro épocas no clube, mas não seguiu com a equipa para a I Liga. Fez duas épocas no FC Vizela, antes de partir para a primeira aventura no estrangeiro

É de Paredes. Fale-nos um pouco da família onde nasceu.
O meu pai, Fernando Valente, é treinador de futebol, a minha mãe, Paula Magalhães, chegou a trabalhar em lojas de roupa e de mobiliário antigo, até termos o nosso restaurante, o “Casa do Baixinho”, em Paredes. Temos esse restaurante há mais de 20 anos e é a minha mãe que está à frente do negócio. Tenho dois irmãos, a Ana, irmã do meio e o Rui. Sou o mais velho.

O seu pai foi jogador?
Foi, mas quando eu nasci já não jogava futebol profissionalmente, jogava futsal. Depois abriu um negócio que revolucionou um bocado a zona do Vale do Sousa. Uma hamburgueria que se chamava “Miami” e que foi o primeiro fast food de Paredes, veio antes até do McDonald's. Na altura foi um grande sucesso. Com esse negócio abriu também um bar, o ALF, que ainda hoje as gerações mais antigas recordam, porque era onde toda a gente passava a maior parte do tempo para se divertir, tinha sala de jogos. Cresci um bocado nesse mundo, toda a gente me conhece, costumo dizer que andei no colo de toda a gente daquela cidade.

Foi uma criança calma ou deu muitas dores de cabeça?
Como cresci no meio daquela atividade toda do bar, creio que era um miúdo ativo, mas que nunca deu muitas dores de cabeça. As únicas dores de cabeça que dei eram os candeeiros e os quadros que partia em casa com a bola e que deixavam a minha mãe doida [risos].

Gostava da escola?
Não. Gostava de ir para a escola para estar com os meus amigos, mas não gostava de estudar.

Torcia por que clube?
Quando era pequeno torcia pelo FC Porto.

Quem eram os seus ídolos?
O Ronaldinho Gaúcho.

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