Nasceu em Lisboa. Filho de quem?
A minha mãe trabalha numa loja de roupa e o meu pai, José Afonso Veloso, era vendedor de automóveis e treinava uma equipa da zona da Lourinhã, para onde fomos viver tinha eu dois ou três anos. Tenho duas irmãs mais velhas. Uma bem mais velha, de um primeiro casamento do meu pai. Tenho uma diferença grande de idade para o meu pai, que já tem 74 anos e eu ainda vou fazer 30.
Tem dupla nacionalidade espanhola. Porquê?
Porque os meus avós paternos eram espanhóis.
Qual a primeira memória que tem da sua infância na Lourinhã?
Sempre tive uma vida fantástica, porque vivíamos praticamente no campo, lembro-me de andar com os meus amigos o dia todo fora de casa, fosse a andar de bicicleta ou a jogar. Essas coisas que, infelizmente, hoje estão um pouco de lado.
Deu muitas dores de cabeça?
Acho que não têm por que se queixar, sempre fui calminho. A única dor de cabeça foi talvez uma vez em que numa descida me espatifei de bicicleta. Consegui ir a pé até casa, mas estava cheio de sangue e os meus pais apanharam um susto, pensavam ser algo mais grave. Mas só abri o sobrolho [risos].
Gostava da escola?
Sim. Sempre fui bom aluno, até o futebol se tornar mais sério.
O que dizia querer ser quando crescesse?
Sempre falei em duas coisas. Jogar futebol ou ser biólogo marinho. Não sei por quê.