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A casa às costas

“Lopetegui é intenso, mas faltava tentar puxar por toda a gente. Depois, a empatia entre ele e os adeptos do FC Porto parecia não existir”

Ricardo Pereira deu os primeiros passos mais a sério no futebol na formação do Sporting, mas foi no V. Guimarães e depois no FC Porto que conheceu as luzes da ribalta. Autor do golo que deu a Taça de Portugal ao Vitória em 2012/13, recorda o estado de espírito de Rui Vitória no intervalo dessa final quando ainda perdiam por 1-0 com o Benfica. Sobre a sua primeira passagem pelo FC Porto, fala sobre Paulo Fonseca e Lopetegui, explica por que razão resolveu sair e como foi parar ao Nice

Alexandra Simões de Abreu

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Nasceu em Lisboa. Filho de quem?
Filho do senhor Domingos, que é natural de Cabo Verde e de Ermelinda Barbosa, natural da Guiné-Bissau. Eles conheceram-se em Portugal, apesar de o meu avô materno ser cabo-verdiano e a minha mãe ter estado em Cabo Verde também. Cresci com eles separados, desde que me lembro. Tenho quatro irmãos, três da parte do pai e um da parte da mãe. Sou o único filho de ambos. Tenho um irmão mais novo, os outros são todos mais velhos. Eu cresci com o meu irmão Paulo, filho da minha mãe e que é o mais velho, tem mais 17 anos que eu.

O que os seus pais faziam profissionalmente?
A minha mãe era escriturária na EPUL e o meu pai era encarregado de obras.

Cresceu com a sua mãe em que zona de Lisboa?
Em Benfica. Mas o meu pai esteve sempre presente. Ele vivia na margem sul, mas ia regularmente lá a casa ou eu ia passar o fim de semana na casa dele, com os outros irmãos.

Foi uma criança calma ou era reguila?
Nunca fui muito reguila, era muito certinho.

Gostava da escola?
Gostava da escola, não gostava era das aulas [risos].

O que dizia querer ser quando fosse grande?
Sempre jogador de futebol, sem qualquer dúvida.

Torcia por que clube?
Pelo FC Porto. Toda a gente estranhava eu ser de Lisboa e gostar do FC Porto, mas foi um pouco por influência do meu irmão mais velho, o Paulo, que era portista.

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