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A casa às costas

“No Sporting, eu era o melhor marcador dos juniores e a equipa A pediu outro avançado. Fiquei chateado, mas hoje sou treinador e percebo”

Aos sete anos, Diogo Tavares deu início ao sonho de ser futebolista profissional no Cova da Piedade, seguiu-se o Benfica e oito anos de formação no Sporting. Tudo parecia bem encaminhado, mas a falta de oportunidade na equipa principal leonina levaram-no a optar por Itália, com 18 anos. Sem nunca conseguir impor-se verdadeiramente, também por culpa própria, como admite, acabou por saltitar de clube em clube até fazer nova tentativa de carreira em Portugal. Sobre esta segunda fase da carreira, falamos na segunda parte deste Casa às Costas

Alexandra Simões de Abreu

Nuno Fox

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Nasceu em Lisboa. Filho de quem?
Filho de José Tavares, que trabalha e sempre trabalhou na área dos seguros, e de Cristina Tavares, cabeleireira. Tenho uma irmã oito anos mais velha, Andreia.

Cresceu onde?
Primeiro morámos no Miratejo e, com os meus 10 ou 12 anos, mudámos para Corroios.

Qual a primeira memória de infância que tem?
Brincar na rua com os amigos. Eu era muito irrequieto. Fiz muitos disparates, como atirar um comando da televisão do 8.º andar, que partiu a cabeça a um senhor que trabalhava na pastelaria que havia por baixo do prédio.

Isso é que foi pontaria.
Não foi de propósito. Eu nem me lembro, contam-me. Assim como me dizem que no colégio particular onde estudava, em que só podíamos jogar à bola com chapéu na cabeça, se eu não tivesse levado chapéu ‘roubava’ a um colega para ir jogar e depois ficava de castigo. Destruía a roupa toda porque estava sempre a jogar à bola e dormia com bolas na cama.

Sempre quis ser futebolista?
Sempre. Não me lembro de pensar ou dizer outra coisa.

Torcia por que clube?
O meu avô paterno fez-me logo sócio do Benfica, mas o meu pai, mãe e irmã eram do Sporting. Entretanto, fui para as escolinhas do Cova da Piedade e depois para as escolinhas do Benfica.

Foi para as escolinhas a seu pedido ou porque o avô ou o pai o inscreveram e incentivaram?
Fui sempre eu quem quis ir. Tínhamos um amigo que era treinador do Cova da Piedade e fui para lá com oito ou nove anos. Ao fim de ano e meio o Benfica viu-me jogar e convidou-me para ir para lá.

Quem eram os seus ídolos?
Ronaldo, o Fenómeno, e o Luís Figo.

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