Como foi o primeiro impacto quando chegou à Bulgária, na época 2017/18?
Fui com o empresário e o dono do clube tinha dito que estava um senhor à nossa espera, no aeroporto. Chegámos, eu vi um senhor com uma pistola e pensei, deve ser polícia aqui no aeroporto. Não aparecia mais ninguém. Ligámos ao presidente, ele insistiu que o homem dele já lá estava, eu disse que só estava um senhor com uma pistola e ele: "É esse" [risos]. Depois passámos por zonas muito destruídas, via os carros na estrada e parecia não haver regras de condução, cada um fazia o que queria. O centro de Sófia é ótimo, mas a periferia tem prédios muito degradados, muita destruição.
O seu inglês dava para safar?
A minha mulher fala muito bem inglês e com ela foi ter comigo, eu deixava sempre para ela [risos]. Mas eu já tinha entrado em contacto com o Ruben Pinto e o David Simão, o Pinto arranjou-me casa, ele ia mudar de apartamento no mesmo prédio e eu aproveitei logo o apartamento que ia deixar.
Quando chegou ao clube, o que viu superou as expectativas ou não?
[Risos] À entrada do centro de treinos disse ao meu empresário que queria ir embora. Aquilo tem uma parte antiga e estava tudo partido. Atrás daquilo é que tinham construído balneários novos. Mas não tinha ginásio, era um balneário com umas máquinas. Só no meu último ano no CSKA é que eles fizeram ginásio, ou seja, passado cinco anos.
O contrato era muito melhor do que o que tinha no FC Porto?
Muito melhor não era, porque eu tinha descido de divisão e como aquilo foi pegar ou largar nem houve contraproposta, o que eles apresentaram eu aceitei.