Perfil

A casa às costas

“Na Hungria, o presidente do clube reuniu as mulheres dos jogadores para dizer-lhes que elas não estavam a deixar os maridos descansar”

As passagens de Hugo Seco pela Bulgária, Cazaquistão e Hungria davam para escrever um livro de histórias, como o próprio admite. Nesta segunda parte do Casa às Costas conta alguns dos episódios mais caricatos que viveu e explica por que razão decidiu regressar à Académica, que na época passada caiu para a Liga 3. Consciente das suas capacidades, o extremo direito assume ter perfil para ser treinador-adjunto e não principal, por ser muito direto nas opiniões que dá e revela um dom, que já provocou muitas gargalhadas nos colegas: imitar pessoas.

Alexandra Simões de Abreu

RUI DUARTE SILVA

Partilhar

Como foi parar à Bulgária na época 2016/17? A Académica não quis renovar?
Eu terminava contrato com a Académica, havia a possibilidade de continuar no clube, só que não chegámos a um entendimento. Quando terminou a época, tive duas possibilidades de continuar em Portugal, na I Liga, no Marítimo e no Tondela.

Não ficou em nenhum deles porquê?
Acabei por não aceitar nenhum porque, em conversa com o meu empresário, considerámos estar na altura de conseguir fazer um contrato melhor. Aquelas duas propostas em Portugal eram melhores que a da Académica, mas era preferível não me precipitar, porque normalmente os contratos no estrangeiro eram melhores.

Quando lhe falou no Cherno More, da Bulgária, qual foi a sua reação?
Os valores oferecidos eram melhores que os que tinham surgido cá, mas não compensavam assim tanto. Mesmo assim decidi arriscar, porque a experiência que tinha tido fora tinha sido só aquela em Malta, quando ainda era miúdo.

Não lhe surgiu mais nada de fora?
Tinham aparecido umas situações também para a Roménia e para a Polónia. Acabei por optar por essa da Bulgária pela força que as pessoas fizeram. Senti que me conheciam e queriam mesmo, não era uma questão de alguém ter apresentado o meu nome e mostrarem algum interesse. Senti que já acompanhavam o meu percurso há algum tempo. Falei com um jogador português, o Ginho, que tinha estado nessa equipa, ele deu-me as melhores indicações sobre o clube, que era organizado, que estava a crescer. Sinceramente foi das opções mais acertadas que tive.

Artigo Exclusivo para assinantes

No Expresso valorizamos o jornalismo livre e independente

Já é assinante?
Comprou o Expresso? Insira o código presente na Revista E para continuar a ler