Decidiu voltar para Portugal porquê?
O Sporting tinha-me feito o convite, eu achava que estava na altura de regressar a casa, era a oportunidade de ser profissional no meu país. Ainda não tinha tido essa experiência. Tinha duas disciplinas do curso por fazer e pensei em concluir para depois, quem sabe, ficar a trabalhar no Sporting, como fisioterapeuta.
Começou a imaginar um pós-carreira, em 2018, aos 31 anos?
Sim [risos]. Agora já não sei quando é que a carreira vai acabar, mas na altura confesso que pensei: "Vou para o Sporting, faço dois anos e depois fico ligada ao clube". O Sporting é o meu clube, estava perto de casa…
Como foi voltar a viver em Portugal após sete anos fora?
Regressei na fase em que o Sporting teve o problema da invasão à Academia de Alcochete, em 2018. Internamente o clube passava uma fase má, que se refletia dentro de campo. Se a estrutura está mal, acaba por influenciar. Eu estava ainda em Itália quando vi as notícias do que tinha acontecido, mas não pensei que estivesse tudo tão tremido, só me apercebi quando cá cheguei.
Tremido?
Internamente havia uma instabilidade muito grande e naturalmente isso passa sempre para as jogadoras, porque saiu um presidente, entrou uma estrutura nova, primeiro que aquilo comece a funcionar bem demora, porque são cabeças e ideias novas. Saíram as pessoas do futebol feminino, entraram outras que acabaram por sair também e mais recentemente veio outra equipa técnica que já não apanhei. Quando não há estabilidade, acaba por influenciar.